Aretuza Lovi compara trabalho de Pabllo Vittar com a 'revolução que a Tropicália fez no Brasil

  • 06/02/2024
(Foto: Reprodução)
Cantora drag foi a convidada do podcast de música do g1. No programa, ela ainda relembrou dificuldades no início da carreira, citou perrengue de carnaval e se emocionou ao falar do filho. Aretuza Lovi fala que Pabllo Vittar revolucionou modo de verem artistas drags Aretuza Lovi foi a convidada da versão ao vivo do g1 ouviu, podcast e videocast de música do g1, nesta terça-feira (6). Durante a conversa, a cantora contou que sua relação com a música teve início por causa da paixão que tinha pela cultura do Nordeste. "Sou muito fã de Joelma. Aí ganhei um CD quando criança e me apaixonei pela capa. Aí comecei a sonhar com o Pará, pela cultura. E montei um fã clube pra banda Calypso", disse a cantora, que é uma das pioneiras da música drag no Brasil. Aretuza contou que, no início da carreira, levava seus CDs para os artistas reproduzirem nas boates. "As pessoas não acreditavam que drag podia cantar. E jogavam o CD no chão", relembra. A cantora ainda contou que seu sobrenome artístico nasceu inspirado no jogador Vágner Love. "Estava passando um programa de esporte e passou o Vágner Love. Acho ele bonito. Aí falei: 'Vai ser lovi, com i'. Depois entendi que era um contexto de amor." A revolução de Pabllo Vittar Aretuza Lovi fala que Pabllo Vittar revolucionou modo de verem artistas drags Desde 2012, quando lançou seu primeiro trabalho independente, Aretuza viu a cena crescer e se consolidar no pop brasileiro, ao lado de nomes como Pabllo Vittar e Gloria Groove. Com Pabllo, a cantora gravou o hit "Joga Bunda". E Aretuza teceu elogios ao trabalho da cantora. "É revolucionário o que Pabllo fez. Ela dimensionou nossa arte. Com uma bota de salto muito fina, ela foi furando todas as bolhas." "É muito importante tudo o que ela fez. Nós somos música, artistas", afirmou Aretuza, que comparou o trabalho de Pabllo com a revolução musical da Tropicália. "Assim como nos tivemos vários movimentos musicais no Brasil, Tropicália, MPB, Bossa Nova, a revolução que a Tropicália fez no Brasil, o discurso que a Tropicália levou com suas músicas, foi o que a Pabllo fez e puxou todas nós para gritarmos junto com elas." "A gente incomodou a galera, deu um sacude no mercado. As drags vieram e deram uma sacudida." Já sobre a parceria com Gloria Groove na música "Catuaba", a cantora disse que achou que a faixa iria flopar. A faixa foi hit de carnaval em 2017. "Falei: 'Essa música vai ser um flop'. Eu não era conhecida, a Gloria não era conhecida. E foi a música que furou minha bolha." Dificuldade para "furar a bolha" Aretuza Lovi conta que jogavam seu CD no chão Aretuza falou sobre as dificuldades no início da carreira. E, para a cantora, a principal delas foi "as pessoas acreditarem que aquilo era possível". "Tá tudo bem não acreditar. Em todos os meios existe o preconceito, a resistência com o novo. Mas o acreditar das pessoas era uma grande barreira. Ainda é." A cantora afirmou que, apesar de ter furado a bolha da cena musical LGBTQIA+, ainda enfrenta muitas dificuldades. "Estamos em um país extremamente machista, preconceituoso, misógino. Existem barreiras ainda. Conseguimos muitos passos, mas a briga ainda é grande para o meio hétero. Quem vai ter mais espaço? A galera bombada do sertanejo ou a galera do LGBTQIA+?", questiona a cantora. Paternidade Aretuza Lovi fala sobre filho de 9 anos: "Entendi onde o amor existia" A cantora ainda falou sobre seu processo de paternidade. Pai de Noah, de 9 anos, ela revelou que teve uma relação conturbada dentro de casa. "A relação com meu pai era baseada em agressões físicas muito pesadas. Cresci com essa frustração. "Não só marcas físicas, mas psicológicas. E sempre com aquela lacuna do que é ser pai. Amor de pai, eu não tive. Na nossa família não teve a cultura do amor, do afeto. Sempre quis ser pai. Olhava e queria ser pai." "Aí vem a questão que a sociedade impõe que um homem gay não pode ser pai. É mais normal ver uma criança abandonada no orfanato." Aretuza contou que, aos 24 anos, uma amiga ficou grávida de um homem mais velho que começou a agredi-la. Foi então que ela perguntou se ela gostaria de ser o pai da criança. "Noah saiu da barriga da mãe dele entendendo que eu era o pai dele. Tento sempre estar presente. "Trabalho igual doido pra não faltar nada pra ele ter um histórico totalmente diferente do que a vida oferecia pra ele. Ele tem amor de pai." Perrengue de carnaval Aretuza Lovi relembra perrengue de carnaval: 'Me deixaram só de cueca na rua' Durante o bate-papo, Aretuza falou sobre seu novo álbum, em homenagem ao Norte, e a regravação de "Acelerou", sucesso da Banda Calypso. Ela ainda contou um dos perrengues de carnaval, que passou logo no início de seu sucesso nacional. "Quando a gente lançou joga a bunda, eu não tinha noção que tinha viralizado. Ai fui para o carnaval. E as pessoas começaram a me dar bebida. Comecei a entrar numa vibe bêbada, bebia tudo de todo mundo." "Chegou uma hora que fui assaltada, levaram basicamente tudo, me deixaram só de cueca na rua. Mas não lembro de nada. A polícia chegou e me levou para casa." Aretuza Lovi é entrevistada no programa g1 Ouviu Fábio Tito/g1

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2024/02/06/aretuza-lovi-compara-trabalho-de-pabllo-vittar-com-a-revolucao-que-a-tropicalia-fez-no-brasil.ghtml


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